PLANO DE AÇÃO: Discriminação e Preconceito no Espaço Escolar
Algumas idéias de como combater o preconceito no ambiente escolar:
Como o
racismo e toda forma de preconceito são representações humanas, o que devemos
fazer como pedagogos é não repassar essas idéias, mas sim combatê-las comum a
educação inclusiva, uma educação com direitos iguais, onde os professores
estejam preparados para receber aluno que recebe essa carga de preconceito em
sala, tomando atitudes simples, mas eficazes como:
1º)
Fazer trabalhos e pesquisas com o tema;
2º)
Montar peças teatrais com o tema para
ser apresentadas no pátio da escola, praças e até mesmo no próprio teatro da
cidade;
3º)
Colocar no meio dos bonecos cores diferentes;
4º)
Contar história sobre as diferentes raças e mostrar a importância da
diversidade. Ex: Gosto muito da história do menino redondo que nasce no mundo quadrado, ele por ser discriminado procura sua origem e
descobre que antigamente as pessoas do seu mundo eram de várias formas. Porém
com o novo decreto do rei as pessoas mesmo infelizes ficaram quadradas para
serem aceitas. Ele nasce e liberta essas pessoas destas prisões culturais. Ao
libertá-las percebe como um mundo cheio de formas e cores é mais bonito, alegre
e interessante.
5º)
Fazer cartazes sobre o racismo. Esses cartazes serão pedidos pelo professor com
um grau de dificuldade que necessite do auxilio de um adulto (pai, mãe,
tios)para que o aluno leve o aprendizado à família.
6º)
Criar uma música sobre o racismo em grupo ou individual;
7º)
Contar histórias com fantoches bem diferentes (cores, raças, etnias, tamanhos e
etc.)
8º)
Fazer na escola um dia de combate contra o racismo.
9º)
Fazer gincana sobre o t ema.
Dicção do art. 205, da lei maior, consigna
que “a educação é direito de todos e dever do Estado.
Vejamos outros
importantes preceitos constitucionais pertinentes.
“Art.206. O ensino será
ministrado com base nos seguintes princípios:
I – Igualdade de condições para
o acesso e permanência na escola.
II – Pluralismo de idéias e de
concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas de
ensino”.
“Art. 242. §. 1°. O ensino da
história do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e
etnias para a formação do povo brasileiro.”
Art. 26-A. Nos estabelecimentos
de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o
ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.§ 1oO conteúdo programático a
que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e
dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o
negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil.§
2º. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
Educação Artística e de Literatura e História Brasileira.
Neste artigo percebemos que é um dever de todo
educador introduzir a cultura afro-brasileira no ambiente escolar através de
práticas pedagógicas em nosso dia a dia na sala de aula. Mostrando que a
cultura afro faz parte da nossa história e que o negro tem um papel importante
no desenvolvimento da sociedade brasileira. E por isso é indispensável que
ensinemos as novas gerações essa história, para que o respeito, a valorização e
a conscientização façam parte dessa nova sociedade. Para que não venhamos cometer
os mesmos erros do passado que gerou tanta discriminação e sofrimento para os
negros. O currículo pode vir a ser utilizado com finalidades formativas que
atendam a orientações de cunho parcial, com uma intencionalidade comprometida
com a defesa da igualdade a todos independente de raça, religião, etnia, sexo
ou credo.
Tendo em vista que com essa mudança na lei,
houve uma mobilização do MEC para produzir estudos e pesquisas para o educador
brasileiro a fim de inserir no currículo escolar voltado para as relações
étnico- racial em nosso país. De modo que ocorreram transformações nas práticas
pedagógicas e promovendo uma nova condição humana e cidadã. A lei 10639/96 veio
como um divisor de águas, antes dela pouco se sabia sobre a história dos negros
e afros descendentes, hoje com certeza não exploramos tudo sobre o assunto, mas
já é um começo, a lei foi e é necessária para que se conheçam mais a verdadeira
história do Brasil.
E para
isso é preciso uma mobilização para enfrentar esse câncer que atinge a nossa
sociedade que é o preconceito e mata milhares de inocentes que se sentem
desmotivados, inferiorizados para participarem do ambiente escolar. O professor
vai ser o grande mediador desta nova fase cultural inclusiva, pois incluir
significa fornecer aos indivíduos as condições de serem livres, de serem
cidadãos reais. Mas estamos bem longes desta realidade, desse sonho chamado
igualdade, desse sonho que aquece o coração aos idealizadores de um mundo sem
tantas diferenças. O sonho do respeito, o sonho da compreensão de que somos
irmãos e capazes. Que temos esse direito de viver, essa igualdade na sociedade,
na sala de aula e etc. Mas como poderemos chegar nesta escola inclusiva se a
escola pública está na idade da pedra enquanto na escola particular já estão
usando tablets, quadro digital e professores mais cursados e nessa corrida
vamos ficando para trás e não conseguimos fazer a inclusão social dos nossos
alunos.
“Sonho
com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para
viverem como irmão”.
Nelson
Mandela.
Compreensão/ igualdade/ sonhos.
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua
personalidade, não pela cor de sua pele.”
Mather Luther King.
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