O IDEB NAS ESCOLAS PÚBLICAS: Gestão e ação docente

O IDEB nas escolas públicas: Gestão e ação docente

A avaliação da qualidade do ensino é uma das estratégias atualmente em uso para analisar resultados do trabalho educacional, e vem sendo examinada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), criado pelo Instituto Nacional de Estudos em pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 2007. O IDEB utiliza uma escala de zero a dez e compreende dois conceitos importantes para a educação: aprovação e média de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática. O resultado do IDEB é acompanhado pelos gestores educacionais, pelas secretarias municipais e estaduais de educação, pelas escolas, e supostamente, pela comunidade que utiliza seus serviços. Compreendemos que o IDEB não pode servir como medida única para avaliar o desempenho dos estudantes, mas pode ser considerado como mais um instrumento de análise da realidade escolar, por meio do qual se tem um ponto de partida para uma mudança nos rumos da escola, ou seja, como instrumento de gestão.
A democracia não é uma questão nova, encontra-se presente na cena politica e nos escritos daqueles que procuram descrever e/ou filosofar sobre determinadas praticas sociais. É preciso que compreendam como e porque são tomadas certas decisões no sistema de ensino. Para os professores não é suficiente apenas desenvolver saberes, a participação dos educadores na gestão democrática é muito importante porque eles têm plena autonomia para poder desenvolver a suas atividades.
Na escola onde foi realizada a pesquisa de N° 1 a meta para o ensino fundamental em seus anos iniciais (do 1° ao 5° ano) era de 4.3, e a escola alcançou 4.5, a meta para ser alcançada nos anos finais (do 6° ao 9° ano) era 3.4 e a escola alcançou 3.5. Na escola onde foi realizada a pesquisa de N° 2 a meta para o ensino fundamental em seus anos iniciais (do 1° ao 5° ano) era de 4.3, e a escola alcançou 4.4, a meta para ser alcançada nos anos finais (do 6° ao 9° ano) era 3.4 e a escola alcançou 3.5. É o que mostra resultados do ideb. Os gestores que foram entrevistados disseram que os resultados que foram obtidos faziam parte da meta da escola, um deles afirmou que por ser uma escola municipal, é monitorada pelo MEC, e o trabalho docente é realizado em cima dessas metas, para que o rendimento dos educandos seja igual ou compatível com os dos alunos de escolas particulares.
Nas escolas em questão foi feito pequenos simulados por unidades, para avaliar os alunos, a saber, se estavam tendo bons resultados e onde os alunos estavam tendo mais dificuldades, se em português ou matemática. Foi realizado ainda o desenvolvimento de um trabalho sistemático e bem articulado entre gestores, professores, funcionários, alunos e familiares com foco na aprendizagem e na preparação para a prova.
Ao analisar e identificar as possíveis dificuldades na aprendizagem dos educandos foi realizado algumas propostas de intervenções como: reforço nas disciplinas, projeto de leitura, Construção do projeto politico-pedagógico: chá literário e apaixonados por leitura, e investiram na parceria com a família.
O resultado do IDEB tem uma contribuição muito grande para a melhoria da qualidade do ensino, ele é um ponto de apoio para apontar deficiências e ajudar a rede a desenvolver sua proposta, o primeiro passo das redes a receber os dados do IDEB deve ser analisar qual o impacto do desempenho e o fluxo naquela nota. Um segundo ponto importante é ver se o desenvolvimento das escolas do município é semelhante, se há disparidades entre escolas que atendam o mesmo perfil dos alunos.
A unidade escolar é o lugar onde é concretizado o objetivo máximo do sistema educacional, no qual as metas governamentais são atingidas, ou não, em que as políticas educacionais são realizadas conforme o previsto, ou sofrem distorções (SILVA, 1996).
A escola é o lugar que representa a esperança, o desejo humano de aperfeiçoar-se, de mudar, de fazer-se e promover-se o integralmente, o “lugar social no qual a expectativa de mudança é o traço mais marcante” (SILVA, 1996, p.52).
O desejo de mudança pode deparar-se com duas possibilidades: encontrar realização no trabalho ou mortificação na lei.
A lei que vale para todos é a regra gramatical e o significado do dicionário.
Se eu não respeitar estas leis, ninguém me compreenderá; provavelmente, ninguém me aceitará (GAIARSA, 1990, p.53).
A educação brasileira com a Constituição Federal de 1988 adquiriu maior prestígio, obtendo uma seção inteira no capítulo III (Da Educação, da Cultura e do Desporto), com nove artigos, além de três textos nas Disposições Transitórias. Pouco tempo depois, em 1996, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN 9394/96) ,foram especificados os dispositivos constitucionais e definidas as diretrizes para a educação nacional em noventa e dois artigos, subdividida em oito títulos, mais as disposições transitórias (SEVERINO, 2004). Há também a aprovação em 09/01/2001 do Plano Nacional da Educação, lei número 10.172/2001, exigência da Constituição Federal de 1988 (artigo 14) e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9394/96), com duração de dez anos (2001-2010). Seus principais objetivos contemplam a elevação da escolaridade.
A gestão escolar democrática participativa e concebida como elemento de democratização da escola, auxiliando a compreensão da cultura da instituição escolar e seus processos e, a articulação das relações sociais, da qual fazem parte os desafios concretos do contexto histórico. É nesta perspectiva que os educadores, enquanto profissionais da educação tem uma importante função a exercer: oportunizar meios para que a educação de qualidade torna-se uma realidade para todos.

Professora: Andréia de Jesus Cruz










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Olá, eu sou Andréia estou no 3° semestre de Pedagogia na UNOPAR, e amo educar!